Que temos nós com a primavera?
Não nos sai dos olhos
nem da boca,
mas da terra
que não é nossa.
Primavera para quê?
Malmequeres para quê?
Para a aceitação com perfumes
deste silêncio de fossa?
(...)
Num desespero vão
os olhos circundo
pela Natureza.
Ah! quando perderei a ilusão
de que a minha tristeza
dá sentido ao mundo?