domingo, 20 de setembro de 2009

Labirinto da Saudade - Eduardo Lourenço

Poucos defenderão como Kierkegaard que a derrocada do cristianismo e da cultura que ele animava é apenas fictícia, pois esse cristianismo nunca foi mais, salvo para raros, do que a mascara de um paganismo eterno e inexpugnável.
(…)
Da nossa intrínseca e gloriosa ficção Os Lusíadas são a ficção. (…) o poema é o eco sumptuoso e triste. Já se viu um poema “épico” assim tão triste, tão heroicamente triste ou tristemente heróico, simultaneamente sinfonia e requiem?